Estão sendo realizados movimentos contra anorexia nos Estados Unidos, tudo iniciou devido aos sites pro-ana e pro-mia que são sites onde anoréxicas e bulimicas postam mensagens, frases e depoimentos defendendo seus estilos de vida o que na verdade não é pois são doenças graves que elas não sabem que estão vivendo.
Uma das iniciativas maiores foi , o “Body Project” que reuniu mais de 1000 adolescentes para explicar como elas têm comprado a ilusão de que só as magras são felizes. Elas são encorajadas a pensar e a escrever sobre o assunto. Em uma fase seguinte, os movimentos fazem atos antitranstornos para chamar a atenção, por exemplo colocam bilhetes com a mensagem “ame seu corpo como ele é” em livros de dieta e revistas de moda nas livrarias, escrevem mensagens positivas no espelho das escolas e enviam cartas de protesto para fabricantes de bonecas com medidas desproporcionalmente magras.
Também criaram blogs com chats onde reuniam meninas todas as semanas acompanhadas por um psicólogo para conversar sobre alimentação saudável
Resultados
A equipe da universidade acompanhou as meninas do grupo que tinham risco de desenvolver transtornos alimentares, por apresentarem problemas ou preocupações com seu peso. “Sua auto estima dependia muito de como elas se sentiam sobre sua forma e peso”. A iniciativa deu resultado, pois a maioria das meninas de alto risco não desenvolveu a doença. A constatação é surpreendente porque a anorexia é uma armadilha tão grande que muitas vezes as iniciativas de prevenção dão o resultado oposto.
É preciso ter cuidado até para combater a anorexia, afirma Táki Cordás, da Universidade de São Paulo, um dos maiores especialistas brasileiros no assunto. “Às vezes, uma menina que nem pensou nisso assiste uma palestra na escola contra anorexia e bulimia e pensa ‘nossa, mas essa é uma boa idéia para eu perder aqueles dois quilos’”, explica. Desde que haja o acompanhamento de um profissional, fazer as mulheres conversarem sobre isso e apóia-las é uma boa coisa.
A pesquisadora americana lembra o perigo dos sites pró-anorexia e pró-bulimia. “Estudos já mostraram que esses sites fazem mulheres saudáveis saírem com sensações ruins sobre sua imagem corporal e baixa auto estima”, disse ela. “Ainda não sabemos se as iniciativas antitranstornos realmente podem conter esse efeito, mas já detectamos que eles ajudam as mulheres que se sentem mal sobre si mesmas a ficarem um pouco melhor”, diz ela.
O especialista brasileiro defende há anos que os provedores da internet tirem essas páginas do ar. Mas reconhece que hoje o tamanho delas é muito menor do que já foi no passado. “O que sabemos, informalmente, é que as grandes líderes desses movimentos acabaram morrendo”.
A doença geralmente surge inocentemente com uma dieta que não parece ser um problema. Depois cresce e toma conta da vida da pessoas. No caso das anoréxicas, elas podem definhar até a morte, mas se recusam a comer. Os pesquisadores afirmam que para evitar a doença, a proximidade dos pais é fundamental. É recomendado que pelo menos uma refeição do jovem seja feita na presença da família. No caso de qualquer suspeita, é preciso o acompanhamento de um psiquiatra.
Eu acho que os blogs contra anorexia não devem ser extintos, pois conheço pessoas que usam estes blogs para desabafar sua triste realidade, a qual não consegue se livrar.
Os blogs contra anorexia devem procurar mostrar soluções para ajudar estas pacientes a sobreviver a ter uma vida normal... afinal nesse mundo tudo deve ter prós e contras se não não viveremos.