Este distúrbio alimentar é resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, embora o paciente esteja extremamente magro, olha se no espelho e se enxerga obeso, sente medo de engordar, por isso, exagera na atividade física, jejua, vomita, toma laxantes e diuréticos. Além da distorção da autoimagem, as causas podem ser problemas emocionais como dificuldade em ser aceito pelo grupo, problemas em família e amizades e também baixa autoestima. A seguir serão descritos alguns sintomas provocados pela doença:
- Peso corporal abaixo do normal e IMC menor que 17, com avaliação frequente do próprio peso;
- Prática excessiva de atividades físicas, principalmente após as refeições;
- Para as mulheres interrupção do ciclo menstrual e regressão de características femininas;
- No caso dos rapazes, impotência sexual;
- Depressão profunda, tristeza, irritabilidade, a pessoa chora muito, não confia nas pessoas nem em si mesmo, têm medo, sensibilidade e tendências suicidas;
- Câimbras, tontura, dores de cabeça e dores de estômago;
- Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos. Esses pacientes chegam a ingerir apenas 200kcal por dia;
- Visão distorcida do próprio corpo. Apesar de extremamente magras, essas pessoas julgam-se com excesso de peso;
- Recusa em participar das refeições familiares. Os anoréxicos alegam que já comeram e que não estão mais com fome que sentem dores de estômago e abdômen estufado;
-Refeições com horários definidos geralmente 6 refeições mas pouca quantidade calórica;
- O anoréxico esconde alimentos para não comer com medo de engordar, principalmente doces e busca todos os métodos que o faça emagrecer.
- Hábitos alimentares diferentes, como cortar a comida em minúsculos pedaços;
- Culpa ou vergonha de comer, dificuldade de alimentação na frente de outras pessoas, mudanças de humor constantes, inseguranças pessoais, perfeccionismo;
A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, o maior entre os transtornos psicológicos existentes. As causas da morte pode ser ataque cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio que ajudam a controlar o ritmo normal do coração, insuficiência renal ou suicídio.
Devido à complexa interação entre os problemas emocionais e fisiológicos apresentada nos transtornos alimentares, o ideal é que o paciente seja acompanhado por uma equipe de especialistas para a realização de um tratamento. Entre os especialistas pode haver psicólogo, psiquiatra, médico clínico (pediatra ou endocrinologista), nutricionista, educador físico, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Nesse contexto, dependendo do estado geral da paciente pode-se pensar em internação para restabelecimento da saúde. Correção de possíveis alterações metabólicas e um plano alimentar bem definido e controlado por nutricionistas, se necessário alimentação via sonda. Além disso, o tratamento também deve abordar o quadro psicológico, podendo ser principalmente a terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia individual. A reintrodução dos alimentos deve ser gradativa, caso contrário provocaria grande sobrecarga cardíaca.
Não há medicação específica para a anorexia nervosa, medicamentos antidepressivos podem ajudar a atenuar sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade mas é uma área que carece de muitos resultados satisfatórios tendo em vista a multicausalidade da doença. As recaídas podem acontecer, daí a importância de se ter um acompanhamento profissional por longa data. O paciente não pode sofrer rejeições de pessoas nem enfrentar
momentos difíceis é necessário a possível compressão de todos.
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